Senhora Da Vinci, de Robin Maxwell

Capa de "Senhora Da Vinci"
da publicação Brasileira
 Um livro que te faz chorar e ao mesmo tempo rir, sentir a felicidade, saudade, tristeza e esperança. Nunca havia lido coisa qualquer que chegasse perto desse romance. Há situações que se encontram no livro as quais algumas pessoas pensariam ser inimagináveis naquela época. Todo o enredo se desenrola da renascença, e conta a história da mãe de Leonardo Da Vinci, Caterina, desde a sua adolescência até a velhice. É interessante porque, se ao iniciar a leitura o leitor não sabe que é tudo (ou ao menos uns 70% da história) criação da escritora, chega realmente a pensar que é tudo verídico, apesar de ser uma narrativa tão... exótica. ...bem:. 
 Um livro totalmente autêntico, que envolve pessoas de classes sociais totalmente distintas, o sofrimento de uma mulher que deu a luz à seu filho sozinha, no meio de muita tragédia, apenas com apoio do pai, enfrentando todo o preconceito que a sociedade da época tinha contra uma mulher nessas situações. E assim como há pessoas boas demais, há pessoas extremamente arrogantes, que querem Leonardo longe da pobre mãe, como o próprio pai de Leonardo. Juro que fiquei emocionada com a trajetória de vida, a coragem, a determinação, a garra de Caterina, admiro-a por ter feito tudo que ela fez pelo seu filho, apesar de não haver quaisquer certezas de que ela realmente existiu. O livro gira em torno da história desde ela, numa cidadezinha pequena da Itália decidir por se passar por homem (que boa parte da história ela o é) na cidade grande, para poder ficar próxima do filho, que na adolescência se tornou aprendiz nas oficinas de arte, até surpreender, seu amor e todos seus amigos, - depois de demonstrar toda a educação brilhante aos mesmos, agora estavam convencidos de que ela era ele - , que ela possuía, coisa que era incomum para uma mulher. Quando ela se revelou, já era uma das pessoas mais importantes e renomadas da época.

"Mas, por fim, o dia abençoado chegou. Saudável e madura como um pêssego no verão, fui levada para a cama. Meu pai caminhava nervosamente de um lado para o outro em seu quarto, enquanto Magdalena trabalhava entre minhas coxas abertas para trazer à luz uma criança aos berros - não Leonora, mas um menino, Leonardo. Minha tia disse que, em todo os seus anos de parteira, nunca tinha visto um bebê sair mais entusiasmado do ventre da mãe que meu garoto. Segundo ela, ele pareceu ter saltado para os seus braços, como se já estivesse cansado da escuridão e do silêncio, ansiado pelo mundo exterior." E assim se inicia, o belo romance de Robin Maxwell, Senhora Da Vinci.


 Não achei quase nada sobre a escritora, apenas a biografia em inglês, que se encontra em seu site. De fato, penso que este livro deve ser sua primeira publicação no Brasil, afinal, ela é pouco conhecida por aqui...  pelo que li, ela é especialistas nesses romances antigos maravilhosos! http://www.robinmaxwell.com/

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